26.2.10

faço um intervalo nos restauros para viajar nas ideias. penso no que vem mas principalmente no que está, e isso ampliado a outra dimensão que está para além do visivél, mas é real chega a ser sol. eis-lo aqui e faz sorrir... mesmo que sozinha frente à minha mais frequente companhia electrónica. continuo a alimentar o desejo de fazer-me chegar telepaticamente, que com força dá sinais de vida a cada hora que passa. uma imaterialidade que se faz viver de distintas matérias, entre cartas e gestos que sem eles não seria ninguém... muito, muitíssimo! olho para trás e não acabo de acreditar no que se faz presente e no quão rápido se muda uma parte de vida. as semanas voam ao ritmo dos ventos fortes que se anunciam meteorologicamente, mas o que fica jamais se irá com a ventania ou correntes de ar, que mesmo assim não arrefecem o corpo. quero materializá-lo também num quadro. espero o tempo para ter tempo. com o fim de semana à porta e o tempo escasso junta-se a necessidade de domingar e recordar o da semana passada. hoje sexta e se for a pensar nisso sei que oito dias antes ainda não o tínhamos atingido. um nó e não só na garganta fez amanhecer longe com ânsia de fazer perto. hoje perto amanheço longe mas sem distancia. um pormenor que sabemos trabalhar e maduremos para que deixe de existir. eu fico com a música e as viagens implícitas de movimentos ritmados que isso transporta. recordo com um sorriso infantil os passos que deixei, num chão que é teu, parte mim numa dança espontânea que desenhava muito mais que contentamento. saboreio violetas porque nisso estão outros sabores, mesmo as imperfeitas criam vicio, quanto não seja para ouvir a pureza de um gesto. presente... conjugando o verbo estar. esta também é uma forma de fazer chegar, mesmo sabendo que existe a possibilidade de que passeies por estas letras dentro de uns dias, e baixo aviso. não é um problema porque acredito que o sentirás mesmo que sem leitura!

24.2.10

estou feliz… e isso não posso ocultar e também não quero. quase se pode falar de perfeição, e seria, se fosse disso que ando à procura. tenho a tua voz a ecoar segredos que não vou apagar e que nem a música consegue sobrepor. a perfeição é como a beleza de ter vivido arte contigo naquele museu e isso também não se descreve. acabo de assinar com orgulho mensagens electrónicas, que já chegaram a outro pais, à bota, instantes que quase fazem tremer, mas agora só de orgulho. remonto ao passado recente, ao latejar dos pés que nem chegavam a doer mesmo que queixosos... remonto aos brindes e a algumas palavras proferidas: ainda não caiu a moeda! não é ironia, mas até este preciso momento ainda não ouvi esse tilintar metálico... mesmo com a certeza que o vou saber descrever. hoje a tua voz e as palavras que não quero apagar. nos pormenores ao tecer o fio está a força de um tecido. fazes pensar de outra forma e isso entusiasma e ilumina o caminho. sei que vai ter cultivos e desafios e mais que isso. hoje um teste à resistência emocional, e só de pensar sai sorriso. somos fáceis na criação de hábitos... assim seria quando em mais um dia recorressemos ao ambiente quente que trazia consigo mais uma caña. sabes que não penso, nem passo horas a pensar nestas palavras mas algo obriga-as a sair... talvez o mesmo motivo que faz dos olhos não parecerem inchados, ou que faz de sonhos realidade. jamais esquecerei as palavras que pedi para serem repetidas, no medo de se perderem no ar frio da sala. em código alimentam a lembrança de saber que vale a pena esperar e que quem espera sempre alcança!

23.2.10

impossível negar a emoção de voltar atrás no tempo... por linhas tortas voltei a outras vidas. é bom relembrar aquelas andanças, rever rostos, mas principalmente sorrisos. parece que já vai longe o dia que aterrei na terra que não era minha mas que fui conquistando ao longo de 5 anos. chegou a cansar, mas antes de tudo ensinou de vida. e fez crescer. e agora faz ter saudades. passeio pelas ruas onde já andei perdida, onde fiz de guia e onde me senti em casa. hoje estão longe, mas um dia merecem uma visita e adorava que fosse contigo, voltar na companhia de quem esperou esta minha ausência. estado: pele de galinha com tantos brindes, tantos passos, tantos e tantos projectos e passeios e partilhas sem deixar de lado os sonhos. somos experiências, e agora presente. de pés neste lado da península sei voar, sei sentir o ar de olor diferente, numa terra banhada pelo mediterrâneo e de outras temperaturas. um sentimento de nostalgia que invade mas que se confessa pela felicidade de tempos conquistados e conquistas conseguidas. já deixei para trás o estado de caminhada solitária, e é agora que começo a tirar partido da luta. sei que também isso vou conseguir, a dificuldade não me corta o entusiasmo de chegar até lá e é na luta difícil que estão os maiores ganhos. sem medo caminho, e bebo do passado a força para o futuro. uma grande etapa já lá vai, mas eu sou-a mesmo no sorriso, agora com estas metas o esforço não se resume à luta mas ao prazer de ver em ti a vibração de um olhar a ternura de um sorriso. somos energia e por ela vamos saber construir e plantar, mesmo que relva! impossível negar a emoção do presente que faz de mim mais que isto... impossível negar a emoção que impede dizer-lo através de códigos linguisticos!

22.2.10

Estou num sino, numa sonoridade quase perfeita porque tenho sono, mas isso também não importa. Aliás, o que importa não busca a perfeição e eu tenho tudo e o tudo que faz esquecer o sono sentir o sol ler cartas antes de dormir, em que a primeira dita a ordem, e saber acordar neste gesto. De luxo quando a distancia não existe e sabemos que não. Que já estamos no caminho que desejamos, num desejo assumido, o que tem todo o sentido quando duas partes solidificam numa. Para trás ficaram as vendas, as outras experiências, ficaram também.... e o corte inglês já agora, estamos no ponto que queríamos estar e isso pede o obrigado, leva a sorrir, a pedir água, a reforçar o sorriso e a chegar à gargalhada, por estas e por outras... inevitável naturalidade em que as interpretações naquele olhar são a forma de fazer exclamações e tirar conclusões da semana. Essa fase já lá vai, agora a partilha é outra, a segurança para uma vida e a crença do presente. Continuo a abusar do obrigado, não só deixado no metro ou naquele cantinho dos brindes ou no guardanapo sugestão de mim para mim, em muitas das varias ocasiões que abusei dele e como não querer agradecer outra vez porque resultaste num sorriso. Tenho certeza que a capital espanhola vai sentir falta dessa naturalidade e espontaneidade que fará deste passo um caminho, o caminho!

13.2.10

tenho sono, sono, sono...

12.2.10

11.2.10

hoje queria ser música mas não tenho tempo. o chá adiado fica em falta mas cada uma na sua roda vida... a minha monótona mas boa, o movimento mais acentuado surge quando decido mudar de papéis e abrir novo documento. são as responsabilidades do pouco que transporto. entre um teclar acelarado remeto a conversas de outras horas e telepáticamente faço-me chegar. sem tempo para conversar com os botões mas com vontade de longa e densa troca de vocábulos, também desses... silenciosos. admito que me perdi entre linhas na procura da abstracção e quando vi a hora já tinha falta a vermelho... essa é uma certeza, o vermelho vai estar lá, nem se discute, numa silhueta que não a minha mesmo que com linhas rectas. o documento continuava aberto e por mais que quisesse não poderia ocultar a sua presença acompanhado de um pedido: termiiiina-me! em resumo: com linhas penso em cores, mas sem a segurança para transferir o abstracto para a realidade das formas. faltam-me dados, ¿onde? enquanto espero a hora da visita faço um convite com muitas andanças antes. era bom reviver ao vivo sons gravados ! talvez seja um vício. tudo porque necessito dar-me de outra forma e sem pensar... e deixar parte de mim desenhada através de um código que nem sempre é universal. estar é ser!

10.2.10

é bom saber que o trabalho cheira a café às 15.30 h... uma pausa para uns riscos e pensar em cores, porque o 'c' merece isso e muito mais!

um intervalo de dois segundos para ver o dia e pensar que são 4 letras as que seguem o 'c' grande... e que algum dia chegue a ser gigante ou se não é pedir muito que todas as letras passem a um desenho em maiúsculas! para isso estamos...

9.2.10

como poderia eu faltar ao ritual? assim sinto-me bem melhor!

8.2.10

não são promessas são objectivos os que traçamos... que seja o destino mas é um destino excelente, que promete essa sintonia e mais e outras consistências e nestas circunstâncias. afinal metade das conclusões da semana chegaram hoje, segunda depois da segunda aula... e tá bem, desde que primeira em muita coisa. o tempo alimenta também, e faz crescer e faz brotar. hoje desenhei a pensar em ti, e nada melhor que saber que com um pensamento surge um sorriso. talvez imagine. conheço a expressão e absorvo com o olhar que não quer envergonhar, mas sentir. e sente... saudades mesmo perto. afinal há promessas: dormir... e também perto. gostei de saber que um dia vamos às compras, que um dia as paredes são outras, com outra luz. gosto dos objectivos e de todos os -olas e adoro o que faz de mim mais para além do visivél!

6.2.10

hoje não conto histórias preparo aulas! e isso é bom, e melhor assim com outros sons, outros sabores outra luz e outra vida. bem acompanhada respiro ar novo e relembro outros contos que também são meus... perdidos há uns anos mas achados por outras necessidades. guardo a chave no bolso e caminho ao teu lado com ideias em pinturas que não existem.. mas que podem vir a figurar naquela parede. somos ideias mas agora gestos e os outros também o notam e fazem chegar mensagens que tornam perto os abraços... esses dados ontem pela noite depois de três jarrinhas bem repartidas e vividas! entre filetes de polvo e linguados a conversa soube fluir acompanhada de risadas bem ilumindas. constrói-se algo e não só em formato power-point! estar é o que vem depois do ter...

4.2.10

invade-me a presença do sorriso mas mais o riso! o dia rende porque também estás e isso é mais que muito. depois da sesta penso na gravidade e na água que cai num suposto espaço vazio do tecto. recordo conversas de voz sonolenta e palavras que dão sentido ao dia de hoje. sublinho o 's' para que não seja peixe, mas hoje será. e serás tu também e isso agrada mais que nada. já ouço esse olhar e já desenho esse abraço... quanto às outras ofertas... diga-se de todos os efeitos, feitios e jeitos. hoje, faço tuas minhas palavras, o primeiro de muitos!

3.2.10

2.2.10

1.2.10

somos mais do que aparência, somos recheio e eu recheio com mais um mês! não agradeço aos astros por movimentos orbitais, agradeço de pés na terra e cabeça sobre um respirar bem desenhado que faz gravitar... com aquele abraço! hoje assumo orgulhosamente um estatuto, é pouco mas já me é alguma coisa e por isso sei sorrir e saber que virão outras cores. vivia incondicionalmente desconfiada baixo a ideia o que importa é começar, e agora parece que acredito nessa imaterialidade. hoje viajo conta atrás, com certezas para o caminho e esse tudo que complementa o recheio, com uma vida que lhe faltava, com um gesto que o completa a cada passo, a cada sorriso a cada comunicação... sei possível chegar à cereja. rondam perguntas, soltam-se ideias, não se dão respostas no código das letras mas encontra-se o porto ao som de outras notas. ainda não sei o que é o 'cv' mas também não importa. sei que o recheio já não é só passado... sinto a sonoridade como um movimento que segue cada vértebra e que fez de um instante eterno, sempre estará... não peço mais... habito no que fez desse instante imensamente belo... saber que o recheio já não se limita a mim!