ouvi dizer:
"Tenemos el arte para no morrir de verdad"
MASCLETÁ... uma das mil que se presencia e ensordecem qualquer um que passa! entre as bandas e as falleiras que passeiam pela rua a todas as horas inclusive às 8 da manha em que despertam toda a cidade, entre os petardos que não deixam que a cidade se silencie durante um minuto... às 14 horas tudo estoira... não é um bombardiamento, mas os meus ouvidos continuam a chiar. um estalar com direito a aplausos!
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o sol aquece a casa. e a mim também! é dificil ficar por aqui, sentada frente a este aparelho que o unico que diz de si é a musica que peço para tocar. acabo de reler o trabalho... vou contando, e junto-lhe a quinta fase de alterações. continuo a ter o quarto e a sala habitados de livros. o tempo parece que me chama para ir curtir uns raozinhos de sol deliciosos, mas as letras, essas imploram que as coma. assim não vai dar não! felizmente hoje vou ao cinema pela noite.
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um dia prometi viver! aos quase quarto de século sorriu e sei que passeio nesta passerele que nos faz colher as laranjas pela cidade. como pensaria um dia conhecer tais laranjas? melhor, como pensaria um dia comer tangerinas da grande nação em terras valencianas? é bom saber-nos vivos, é bom saber que as laranjas da cidade não se podem comer, por sua amargues, mas que dão um ar colorido à cidade, como as bolinhas brilhantes das arvores de natal. um dia prometi ser-me! e aqui estou, teclo porque acredito na força de uma única palavra. prometo um dia contar todos os meus segredos, que não o são, sou! a todos aqueles que me ensinaram a expressar!
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E a vida?
e a vida o que é diga lá,
meu irmão?
ela é batida de um coração?
ela é uma doce ilusão?
mas e
a vida?
ela é maravilha ou é sofrimento?
ela é alegria ou lamento?
o
que é, o que é, meu irmão?
Há quem fale que a vida da gente
é um nada no
mundo
é uma gota, é um tempo
que nem dá um segundo
há quem fale que
é um divino
mistério profundo
é o sopro do criador
numa atitude
repleta de amor
você diz que é luta e prazer
ele diz que a vida é viver
ela diz que melhor é morrer
pois amada não é
e o verbo é sofrer
Eu só sei que confio na moça
e na moça ponho a força da fé
somos nós
que fazemos a vida
como der ou puder ou quiser
Sempre desejada
por
mais que esteja errada
ninguém quer a morte
só saúde e sorte
E a
pergunta roda
e a cabeça agita
fico com a pureza da resposta das
crianças
e a vida, é bonita e é bonita
Viver, e não
ter a vergonha de ser feliz
cantar (e cantar e cantar) a beleza de
ser um eterno aprendiz
eu sei que a vida devia ser bem melhor e será
mais isso não impede que eu repita
é bonita, é bonita e é bonita.
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eh gente da minha terra (a marisa canta melhor que eu!), [ya echan de menos as minhas confissões?!?!?!?!?!] enfim, esta coisa de escrever sobre arte contemporánea e conceitos [in]defeniveis (sem falar dessa coisa a que se tenta chamar restauro e conservação) também faz de nós seres menos normais. o que vale, é que os parámetros de normalidade também não estão propriamente definidos, e a normalia de ser o que somos, faz do ser andante unico, tal como as obras de arte. talvez ainda não dedicamos tempo suficiente, para pensar que se a vida é arte (tal como o nosso amigo Beuys tentava ensinar), nós seremos obras... aquelas coisas que caminham na rua, que comem, que fazem tudo o que todos fazem mas que não dizem, que vestem coisas estranhas, azul, vermelhas às riscas, sem combinar e que sorriem como vedetas. será que existe aurea? talvez sim, talvez não. talvez possamos retratar o quotidiano e fixar na parede do quarto o percurso artistico de cada um. depois alguém fará a crítica... dirá que isso não é arte, logo não será vida. enfim... acho que fazer trabalhos de investigação faz de mim alguém mais normal! [deixemo-nos de anormalias e voltemos ao trabalho!!!!! um dia destes vou à praia!]
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